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Transporte de animais vivos
Você sabia que uma dessas “cargas” que são transportadas pelas linhas férreas podem ser animais vivos?
Isso mesmo! O transporte de animais vivos de diferentes espécies ocorre através de trens, o qual é definido pela Tabela de Serviços de Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). Neste caso, o Serviços de transporte ferroviário de cargas vivas é definido pela NBS 1.0501.22.00, que será definida, com as suas normas e requisitos, pela empresa.
Vamos entender um pouco melhor!
Existem diferenças entre os vagões de trens?
Existem diferentes tipos de vagões, de modelos diferentes e com características distintas para suprirem melhor as necessidades de acordo com cada carga a ser transportada.
Por exemplo: o carro ferroviário foi um dos primeiros a ser desenvolvidos e é ideal para o transporte de passageiros. Sua principal característica é a falta de tração própria, sendo necessário, obrigatoriamente, outro veículo com tração para tracionar o carro ferroviário.
Também existe o vagão em forma de plataforma ou prancha, sendo ideal para o transporte de aços longos e contêineres, por exemplo, devido a sua mobilidade e facilidade de carga e descarga através da lateral do vagão.
Já o vagão fechado é indicado para transportar diversas mercadorias, pois apresenta uma proteção completa da carga.
O vagão denominado frigorífico foi desenvolvido pensado no transporte de cargas perecíveis, ou seja, aquelas mercadorias que podem se deteriorar, sendo obrigatoriamente necessário a utilização de refrigeração para a sua conservação, como alimentos relacionados ao açougue e laticínios, por exemplo.
Já o transporte de líquidos desprovidos de embalagem ou acondicionamento, conhecidos como granéis líquidos, são transportados pelos vagões tanque. São reconhecidos facilmente devido a sua estrutura ser cilíndrica, muito semelhante as carretas de caminhões que fazem o transporte de líquidos corrosivos ou não.
E o vagão gôndola, sendo muito popular aqui no Brasil no transporte de minério, é usado no transporte de cargas que não precisam de proteção contra às mudanças climáticas momentâneas, como o mau tempo ou tempestade.
É possível também que a empresa utilize vagões com formatos e outras características que estão fora dos padrões a fim de solucionar o transporte de alguma demanda em específica. Esse tipo de vagão é conhecido como especial.
Transporte de animais vivos: qual o vagão ideal?
Para a realização do transporte de animais vivos, o tipo de vagão a ser utilizado não é nenhum desse que foi citado acima.
A carga e descarga é feita pela lateral e, essas laterais, possuem frestas que permitem a passagem de oxigênio para dentro do vagão. Esse tipo de vagão é o recomendado para o transporte de animais vivos.
Normalmente, as principais cargas são gado, frango e cabras. Entretanto, podem ser utilizados para o transporte de muitas outras espécies de animais, variando de acordo com a necessidade da empresa e a capacidade de suporte do vagão.
Esse vagão é conhecido como gaiola.
Como fazer o transporte de carga viva?
O transporte de animais vivos é feito através do vagão estilo gaiola e as espécies a serem transportadas são estabelecidas pela própria empresa, a qual deve seguir normas e procedimentos que foram definidos por uma regulamentação específica.
A resolução N° 791, estabelecida em 18 de junho de 2020, consolida as normas sobre o transporte de animais vivos, sejam eles de produção, interesse econômico, esporte, lazer ou exposição.
Através dessa resolução, determina-se que o compartimento de carga do Veículo Para Transporte para Animais Vivos (VTAV) deve conter uma abertura que seja compatível com os animais para o embarque e desembarque, assim como precisa apresentar laterais e fugas que irão garantir que os animais não fujam.
O VTAV deve evitar sofrimento e ferimentos desnecessários, minimizando a agitação dos animais e garantindo o bem-estar durante o transporte de animais vivos. Além disso, precisa estar adaptado à espécie, permitindo que os animais permaneçam em pé ao longo do trajeto.
Entre outros tantos pontos que podem ser analisadas na resolução N° 791, o transporte de animais vivos deve seguir a regulamentação definida pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e o uso do VTAV deve estar de acordo com a regulamentação sanitária, assim como dos demais órgãos competentes.